“Como um jovem manterá pura a sua vida?”
(Salmo 118, 9). A pureza é uma virtude muito cara, sobretudo aos
jovens, pois eles estão na flor da idade, potencialmente férteis e
cheios de energia. Não obstante, o mundo se encontra brutalmente
sexualizado, não há espaço para a pureza, o que há é um sistema de
contravalores destacado nos meios de comunicação em geral.
O
salmista faz uma pergunta inquietante para os jovens modernos. Como se
livrar da impureza impregnada na TV, no rádio e na internet? Como
escapar das situações de fornicação (sexo antes do casamento), dos
sites pornográficos, dos olhares insaciáveis? O jovem cristão padece
quando busca viver a castidade integralmente, quando se decide por uma
vida de pureza constante. Muitos deles se perguntam como viver a
pureza, outros até duvidam que isso seja possível num mundo mergulhado
na prostituição socializada. A pureza é uma virtude que nos eleva à
condição angelical, mas só pode ser conquistada com oração e disciplina.
Percebemos, pelas Palavras do Senhor, que a porta de entrada de toda impureza são os olhos, pois “o
olho é a luz do corpo. Se teu olho é são todo o seu corpo será
iluminado. Se teu olho estiver em mau estado, todo o teu corpo estará em
trevas” (Mateus 6,22-23). Com as imagens que captamos pelo olhar, a
imaginação se aguça e nos leva a ter pensamentos libidinosos,
comburente para pecados mais graves. Deste modo, perguntamo-nos: “Como
cultivar a castidade no olhar?”. A receita prática é a adoração; assim,
os mesmos olhos que pecaram, agora acham a redenção diante do sacrário.
Nada melhor do que alimentar nosso olhar adorando Jesus Sacramentado, fonte de toda graça e pureza.
“Aos puros de coração está prometido ver Deus face a face e ser
semelhante a Ele. A pureza de coração é a condição prévia da visão” (cf. Catecismo da Igreja Católica).
São Josemaria Escrivá nos conta que até
os santos lutaram ferozmente para defender a sua pureza. São Francisco
revolveu-se na neve, São Bento jogou-se num silvado, São Bernardo
mergulhou num tanque gelado. E você, o que fez? Quando o corpo queima de
paixão, é hora de correr. O próprio pai da Opus Dei nos dá a dica: “Não tenhas a covardia de ser “valente”; foge!”.
“A pureza é uma virtude que nos eleva à condição angelical, mas só pode ser conquistada com oração e disciplina”
Nem toda fuga de um combate é covardia.
Você pode ter abandonado a batalha, mas a guerra continua. Enquanto você
não for amigo fiel da constância, será difícil resistir. Se até os
santos de porte elevado na conquista da santidade se esquivaram, quem
somos nós para querer enfrentar a tentação? Não à toa, Nosso Senhor
disse: “os filhos das trevas são mais astutos que os filhos da luz” (Lucas 16,8).
A pureza não é labuta de apenas alguns meses, ela pode durar anos ou até mesmo uma vida.
O mais importante é saber levantar -se de cada queda. Um dia você
aprenderá a subir, como disse a doutora da Igreja Santa Teresa de Jesus:
“caindo e levantando, aprendi a subir.”
Não há motivação maior em lutar para ser
puro do que saber que veremos Nosso Senhor face a face. Não há lágrimas
nem noites mal dormidas que nos separem desta tão bela promessa. Ele é
cumpridor de Suas promessas, pois “Deus é fiel” (Coríntios 10,13).
Façamos nossa parte junto às Sagradas Escrituras, porque Deus sempre
fará a d’Ele.
Amém.
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